Abstract
Objetiva-se, neste artigo, analisar filosófico e teologicamente as categorias memoria passionis e “mística de olhos abertos”, desenvolvidas na nova teologia política de Johann Baptist Metz. Justifica-se esse objetivo por ser a obra desse teólogo distinta da teologia política elaborada filosoficamente como teoria do Direito e do Estado. Há de considerar também a centralidade antropológica trazida por Karl Rahner à teologia contemporânea, ao formular a sua antropologia transcendental, e impulsionar, em consonância com outros teólogos, um intenso processo de renovação teológica, do qual faz parte essa nova teologia. Por ser um complexo teológico formulado por cerca de cinco décadas, o referido teólogo alemão a sintetizou em suas obras Memoria Passionis e Mística de Olhos Abertos, ambas escritas na década de 2000. Para atingir esse objetivo, expor-se-ão a pertinência e a relevância da nova teologia política em termos contemporâneos, cuja concentração bibliográfica remete aos primórdios dessa teologia. Em seguida, serão analisadas as categorias memoria passionis e “mística de olhos abertos”, com fundamentação em obras homônimas respectivamente. Espera-se, com esta análise, contribuir com o debate sobre a teologia política no contexto de pós-modernidade e de globalização, em que se requer da teologia fidelidade ontológica ao que ela é: discurso contemporâneo sobre Deus.
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