Abstract
Diante da ausência de uma visão de conjunto sobre os grupos Guarani presentes no Estado do Paraná, e através da sistematização de trabalhos etnográficos, sociológicos e históricos, assim como da utilização de fontes documentais, este trabalho procura construir uma visão mais coesa sobre a presença dos grupos desta etnia presentes no território que atualmente compõe o Estado do Paraná, procurando articular sua cosmologia com a sua história.
Highlights
ALGUNS ASPECTOS DA COSMOLOGIA GUARANILogo que se pensa nos Guarani, as primeiras referên cias que vêm à mente dizem respeito à já consideravelmente popular "busca" pela "Terra sem Mal" (Yvy Marãey) , à qual geralmente se associam os deslocamentos dos grupos desta etnia.
Ele destaca trabalhos como os de MELIÀ (1993) e MARTINEZ (1985), nos quais é possível perceber que a busca por uma Terra sem Males, muitas vezes, não significa "um local paradisíaco onde os homens não mais estariam sujeitos à morte, às doenças e nem mesmo às restrições so cialmente estabelecidas" e cujo acesso se daria através do aguydjê, tal como fora exposto anteriormente, mas um local físico concreto: seria a terra boa, a terra que é produtiva, o espaço físico e social que possibilitaria a existência Guarani.
Conforme o raciocínio de Ladeira, embora os "limites" geográficos do território Guarani não estejam de lineados conforme os sistemas de representação vigentes na sociedade nacional, tais como escrituras e outros elementos cartográficos, os deslocamentos dos Guarani sempre se da riam no interior de um mesmo espaço físico, cujos limites já teriam sido estabelecidos no interior de sua cultura em tem pos imemoriais, e o seu território, antes de mais nada, signi ficaria o "seu mundo".
Summary
Logo que se pensa nos Guarani, as primeiras referên cias que vêm à mente dizem respeito à já consideravelmente popular "busca" pela "Terra sem Mal" (Yvy Marãey) , à qual geralmente se associam os deslocamentos dos grupos desta etnia. Ele destaca trabalhos como os de MELIÀ (1993) e MARTINEZ (1985), nos quais é possível perceber que a busca por uma Terra sem Males, muitas vezes, não significa "um local paradisíaco onde os homens não mais estariam sujeitos à morte, às doenças e nem mesmo às restrições so cialmente estabelecidas" e cujo acesso se daria através do aguydjê, tal como fora exposto anteriormente, mas um local físico concreto: seria a terra boa, a terra que é produtiva, o espaço físico e social que possibilitaria a existência Guarani. Conforme o raciocínio de Ladeira, embora os "limites" geográficos do território Guarani não estejam de lineados conforme os sistemas de representação vigentes na sociedade nacional, tais como escrituras e outros elementos cartográficos, os deslocamentos dos Guarani sempre se da riam no interior de um mesmo espaço físico, cujos limites já teriam sido estabelecidos no interior de sua cultura em tem pos imemoriais, e o seu território, antes de mais nada, signi ficaria o "seu mundo". É nesse sentido que se pode considerar a identidade étnica de cada grupo ou mesmo subgrupo Guarani como um "modo de ser" específico, o que possibilita a utilização de expressões como "modo de ser Mbyá" ou "modo de ser Guarani"
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