Abstract

O artigo analisa a experiência de mulheres sem filhos quanto ao acesso à laqueadura em Manaus/AM, Brasil. Trata-se de estudo netnográfico, com 20 participantes do grupo privado de uma rede social. A coleta de dados se deu por meio da publicação de roteiro com postagens temáticas, de 21 de junho a 13 de setembro de 2022, e posterior análise de conteúdo. A primeira categoria de resultados aborda as dificuldades quanto à realização da cirurgia, seus requisitos e o acesso informal ao conhecimento dos direitos sexuais e reprodutivos. A segunda, a invalidez do consentimento da mulher como característica principal do atendimento por profissionais de saúde. A terceira, o itinerário emocional imposto a quem busca a laqueadura. Conclui-se que o consentimento para realização da laqueadura tubária é invalidado por profissionais de saúde, que agem promovendo a refundação da Lei e atuando como representantes da biopolítica de Estado de controle dos processos reprodutivos.

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