Abstract

A literatura e a história possuem muitas afinidades. Por ambas serem constituídas como narrativas, possuem a arte de contar histórias. Em vista disso, com este trabalho, almeja-se defender que é igualmente possível estudar e refletir acerca de algum fato histórico através do gênero literário como se fossem duas margens que se tocam e se mesclam. Assim, elenca-se como objeto de estudo o romance publicado em 2011, de autoria de Michel Laub, intitulado Diário da Queda. A obra em questão traz os conflitos dos personagens e sua relação com o trauma e a memória, em consequência das exposições ao choque vivido pelos personagens na Segunda Guerra. A proposta da pesquisa é refletir sobre esse período, cujas ruínas ainda pulsam no tempo-de-aqui-agora. Finalmente, tenciona-se responder a esses questionamentos no decorrer desta pesquisa, sobretudo, com base nas teorias de Gagnebin (2009), Arendt (2012) e Adorno (1995). Conclui-se, através das discussões apresentadas, que existe a necessidade de discutir a Shoah no Brasil, uma vez que essa atrocidade aparece como mancha à história de todo ocidente e também porque no pós-guerra muitos imigrantes judeus vieram reconstituir suas vidas em território brasileiro, havendo, assim, a precisão de discutir seus passados e criar vínculos entre o ontem e o hoje.

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