Abstract

O presente estudo de caso aborda a problemática inerente à vivência de João, com 55 anos de idade, pautada por um padrão de angústia diante do passado e de intolerância com o presente. Percebe-se uma ansiedade permanente que traduz a tomada da consciência latente do conflito que permanece entre o eu e sua experiência real. O conhecimento da sua vivência atual adivinha uma organização de personalidade esquizoide em que acresce uma depressividade significativa com ideação suicida frequente. A intervenção psicoterapêutica tem o objetivo de facilitar o crescimento pessoal e integrar as transformações pessoais, as exigências sociais e as expectativas futuras do paciente. O método utilizado foi direcionado para a livre expressão dos seus sentimentos numa perspectiva de intervenção enquadrada na Abordagem Centrada na Pessoa. Os resultados revelam uma crescente libertação pessoal, marcada pela expressão de sentimentos e maior aceitação de si. Evidenciou-se, ao longo do processo, uma maior adaptação psicossocial por parte do paciente.

Highlights

  • This case study discusses the problems inherent in the experience of a 55 year old man, evidenced by a pattern of distress faced with the past and intolerance toward the present

  • A avaliação destaca uma organização de personalidade esquizoide com uma depressividade significativa com ideação suicida frequente

  • O estudo é finalizado com a discussão e a conclusão do processo, com destaque para os processos inerentes ao acompanhamento e suas limitações

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Summary

NO LIMITE DA REALIDADE

O processo terapêutico foi iniciado devido a um pedido explícito do paciente e a uma avaliação psicológica que destacou um conflito latente entre o eu ideal e sua experiência real. A avaliação destaca uma organização de personalidade esquizoide com uma depressividade significativa com ideação suicida frequente. A esse processo acresce-se a depressividade, que pode corresponder a uma depressão crônica latente ou larvada, com traços de personalidade associados à baixa autoestima, à culpabilidade, à vulnerabilidade à perda, à tendência à adinamia e à idealização do passado (Matos, 2007). Sua relação familiar é descrita como inconstante, fato que atribui ao seu estado de humor oscilante; ele não percebe a família como um refúgio, pelo que, ao invés disso, prefere permanecer sozinho nos dias que está mais triste e “ir para os campos falar com os animais” (sic). Paralelamente, demonstra crescente autofocalização das temáticas (a sua associação a um investimento comercial que o levou à ruína), com ideações paranoides recorrentes

Identificação e enquadramento
Motivo do encaminhamento e pedido de acompanhamento
Avaliação psicológica
Diagnóstico psicológico
Objetivos da terapia
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