Abstract

Resumo Refletindo sobre uma recente tradução francesa de um trabalho de juventude de Nietzsche, o autor mostra que o filósofo alemão não estaria preocupado em fazer uma análise lógica minuciosa dos textos dos pensadores pré-socráticos, em articular seus fragmentos numa síntese harmoniosa e tampouco em oferecer uma interpretação original de suas ideias. Para ele, a singularidade de Nietzsche, que tinha uma aptidão única para transpor os temas da metafísica, da moral e da cultura ao plano da subjetividade lírica, seria a de mostrar a admirável aventura dos primeiros pensadores gregos que, emergindo de um mundo caótico, lendário e mitológico, entregaram-se à tarefa de reconstruir a realidade dentro das linhas luminosas da razão.

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