Abstract

Este artigo apresenta os resultados parciais de uma pesquisa realizada em 1995/96 pelo autor, que procurava compreender um conjunto de práticas políticas de tipo clientelistas desenvolvido pelo governo municipal de uma cidade interiorana de porte médio. Tais práticas fazem parte de um 'modelo' político-administrativo instalado pela elite dominante da cidade. Sob sua iniciativa constrói-se um quadro institucional: a) burocrático, que não colabora na criação de canais formais, institucionalizados, de participação e representação dos interesses das classes populares; b) cooptador e autoritário, que busca a todo o tempo tutelar as organizações coletivas dos setores populares, restringindo-lhes a liberdade e autonomia. O fenômeno do clientelismo local é reconstruído a partir de relatos colhidos junto a lideranças populares que estiveram à frente de movimentos sociais no período enfocado.

Highlights

  • Este artigo apresenta os resultados parciais de uma pesquisa realizada em 1995/96 pelo autor, que procurava compreender um conjunto de práticas políticas de tipo clientelistas desenvolvido pelo governo municipal de uma cidade interiorana de porte médio

  • Desde a década de 70 os movimentos reivindicatórios dos bairros vêm se colocando, entre os movimentos sociais, como uma das manifestações mais significativas das classes populares. (I) Muitos foram capazes de pôr em questionamento as tradicionais políticas urbanas locais, gestando, às vezes, uma nova correlação de forças com a qual as administrações, doravante, deveriam contar; e outros tantos, são, ainda, capazes de ir legitimando um conjunto de direitos sociais, antes ignorados ou negados

  • Relevou-se a direção Uuízo positivo ou negativo), a intensidade e a freqüência desses julgamentos

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Summary

Procedimentos Metodológicos

Optou-se por usar como principal fonte de informação e avaliação das práticas políticas que constróem e sustentam o 'vereador do bairro' e as relações clientelistas ali instaladas, os relatos de líderes populares que estiveram atuando à frente de movimentos de bairro ou outros movimentos (partidário, por exemplo), ao menos em parte do período pesquisado. Portanto, lideranças que não se sujeitaram, às práticas de clientelismo e à influência personalista do 'vereador do bairro'. Análise a partir destes locais, não obstante, é certo que mais duas áreas (Bairro '6' e Bairro '9') conhecem a presença do 'vereador do bairro' e as práticas políticas que o acompanham. Foi dada ênfase à análise qualitativa destes depoimentos, onde se pôde buscar, além das informações mais particulares sobre as práticas políticas especificas ali desenvolvidas e suas implicações, o esclarecimento de como se coloca a mediação entre sujeitos, a estrutura e o processo social, principalmente, por intermédio da categoria classes populares. Segue-se deste modo a indicação de Bruce Cohen de que os sociólogos devem estar certos de que não estão causando nenhum mal aos indivíduos pesquisados. Relevou-se a direção Uuízo positivo ou negativo), a intensidade e a freqüência desses julgamentos

Os Novos Movimentos Sociais
MANUTENÇÃO DO PODER
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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