Abstract
Este artigo examina a situação do Estado-nação pós-colonial sob o prisma da catástrofe ambiental: como é que "invasores" vegetais podem se tornar uma questão política iminente? O que isto poderia nos revelar sobre as relações cambiantes entre cidadania, comunidade e soberania nacional sob condições neoliberais? Examinando estas questões em relação a um caso proveniente da "nova" África do Sul, postulamos três características centrais das organizações políticas pós-coloniais numa era de laissez-faire: a reconfiguração do sujeito-cidadão, a crise da soberania das fronteiras soberanas e a despolitização da política. Os estrangeiros - sejam eles plantas ou pessoas - reúnem em si, sob tais condições, as principais contradições da demarcabilidade de fronteiras e do pertencimento; e uma natureza-estrangeira fornece a linguagem que dá voz a novas formas de discriminação no seio de uma cultura de "pós-racismo" e de direitos civis.
Highlights
Jean e JohSnérLgi.oCFo. mFearrroetftfi and the depoliticization of politics
This paper examines the predicament of the postcolonial nation-state through the prism of environmental catastrophe: how is it that plant “invaders” can become an urgent political issue, and what might this reveal of the shifting relations among citizenship, community, and national sovereignty under neo-liberal conditions? Pursuing these questions in relation to a case from the “new” South Africa, we posit three key features of postcolonial polities in an era of laissez-faire: the refiguration of the subject-citizen, the crisis of sovereign borders
Fortes ventos sudestes carregaram paredes de chamas por sobre as encostas montanhosas imponentes da Península do Cabo, ameaçando tanto residências e construções históricas quanto as precárias moradias de posseiros
Summary
É possível fazer uma leitura da mata em chamas como uma instância épica dos caprichos mortais da Natureza. A Flora do Cabo tornou-se simultaneamente matéria de preocupação de ambientalistas e de exportação crescente – a exportação de plantas de fynbos tornou-se uma grande indústria desde a década de 1960 e a demanda do mercado de fato acabou por estimular o desenvolvimento de muitas novas variedades “selvagens” cultivadas Por ter passado a representar uma herança nacional “tradicional” de um enraizamento natural, o fynbos emergiu como algo único, e ameaçado de modo também único, em um momento particular da história do Estado sul-africano; um momento, além disso, do desenvolvimento histórico do capitalismo global em que novas relações estavam sendo forjadas entre mercados transnacionais e a criação de identidades, culturas, e ecologias sub-nacionais que parecem ameaçadas pelas mesmas forças que as produzem[27]. Como Fakir, de fato, argumentam que “a preservação da biodiversidade deve incluir a preservação de culturas nativas...” (1994, p. 4)
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