Abstract

Compreendendo que a partir dos anos de 1930 o romance proletário começa a fazer parte das letras nacionais, buscamos traçar uma geografia literária das indústrias que narre um Brasil para além do que é comumente evidenciado pelos estudos geográficos das indústrias. Ao traçarmos um recorte temporal de 1930 até a contemporaneidade, partimos de apontamentos tecidos por Jay (1975) e Farsian (2015) e da leitura de obras, como Os Corumbas (1933), de Amando Fontes; Cacau (1933), de Jorge Amado; Parque Industrial (1933), de Patrícia Galvão; Navios Iluminados (1937), de Ranulpho Prata; Linha do Parque (1959), de Dalcídio Jurandir; Inferno Provisório (2016), de Luiz Ruffato, e No Chão da Fábrica (2016), de Roniwalter Jatobá, para desvelar os seguintes temas: ser mulher, trabalhar, habitar e lutar. Com isso, propomos revelar um lado geograficamente omisso do fenômeno industrial: o do operário. Essa geografia literária das indústrias busca, portanto, enfatizar a (des)humanização do trabalhador, sua experiência geográfica do fenômeno industrial, a partir de narrativas que dão voz a uma massa comumente silenciada pelo soar das máquinas.

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