Abstract

Este artigo questiona a persistência mitogênica nas narrativas comunicacionais contemporâneas e os modos de investigá-la. Para tanto, apresenta o sermo mythicus como a narrativa fundamental que orienta a experiência humana em todas as épocas e culturas. Pergunta-se sobre a eficácia simbólica das transposições do mito na mídia, situando o mito no contexto do imaginário, relacionando-o a schèmes, arquétipos e imagens simbólicas. Em seguida, descreve as mutações necessárias a um dado sermo mythicus para que seja possível sua sobrevivência nas instâncias da consciência social. Aventa-se que o mesmo processo de usura e degradação sofrido pelo mito dá origem a enganos que levam os estudos do imaginário a desvalorizarem o sermo mythicus. Conclui que o simbólico permanece vivo mesmo nas imagens empobrecidas das narrativas míticas enrijecidas naconsciência social e que o papel do assim chamado mitólogo das Comunicações é desocultar os sentidos reprimidos do mito. Esse trabalho afilia-se à Teoria Geral do Imaginário, principalmente através de G. Durand e J.-J. Wunenburger.

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