Abstract

Este artigo objetiva evidenciar as práticas cotidianas das mulheres no enfrentamento das consequências geradas pela pandemia em Rio das Pedras, uma favela localizada na zona oeste do Rio de Janeiro. Buscou-se analisar tais práticas sob a perspectiva feminista decolonial, visibilizando as resistências políticas decoloniais traduzidas pela auto-organização na luta pela vida favelada. Se em tempos de “normalidade” as mulheres faveladas tem ocupado a centralidade em diversas mobilizações políticas, como no caso da luta contra a remoção no contexto dos megaeventos, o cenário de crise sanitária também tem apontado para a resistência feminina de sociabilidade cotidiana como estratégia de sobrevivência. Elencar esses ditames sociais sob a perspectiva das mulheres de Rio de Pedras corresponde à convocação proposta pela resistência decolonial que nos convida a mapear os silêncios e as aspirações que a narrativa dominante não permite pronunciar.

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