Abstract
Este artigo parte de uma análise da arquitetura dos novos museus globais, escolhidos como objeto de pesquisa devido a seu conteúdo simbólico subjacente. Adotando uma abordagem qualitativa, a investigação procura confrontar o conceito de “tectônica” a questionamentos relativos à utilização de elementos cenográficos na arquitetura museal contemporânea, incorporando ainda considerações sobre o uso destas edificações. A ideia de tectônica parte da relação que a dimensão material, construtiva e tátil da arquitetura estabelece com sua expressão plástica, uma questão que foi colocada em pauta em meados do século XIX e recentemente reemergiu por meio de reflexões tais como as de Kenneth Frampton e Gevork Hartoonian. Sob a luz de conceitos propostos por estes autores, da crítica à arquitetura tardo moderna, a partir de Venturi, Brown e Izenour e de considerações sobre a condição cenográfica da arquitetura – propõe-se uma investigação sobre o Museu do Amanhã, Rio de Janeiro. O objetivo é questionar se a mera expressão tectônica do edifício é capaz de isentá-lo de qualquer intenção de espetáculo e cenografia. Embora nitidamente inserido dentro de uma dinâmica de competição de cidades, a partir da criação de uma imagem de marca, o Museu destaca uma solução construtiva e estrutural em que as relações de carga e apoio se expressam em coerência com a forma. Reafirma-se desta forma as possibilidades de articulação entre expressão tectônica e cenografia, materialidade e imagem.
Highlights
This article departs from an analysis of the new global museum architecture
The idea of tectonics originates from the relationship that the material
it has recently reemerged through reflections
Summary
Portanto, Sekler (1965) que resgatou o termo tectônica (FRAMPTON, 1995), com o objetivo de tecer críticas à arquitetura tardo-moderna e a sua produção, composta por edificações com um excesso de articulação formal. Museu do Amanhã e articulações da expressão tectônica e condição cenográfica iniciada com “Complexidade e Contradição em Arquitetura” (1966) e foi posteriormente alimentada por “Aprendendo com Las Vegas” (1972), que inseriu dois arquétipos irônicos, usados pelos autores Venturi, Brown e Izenour (2003), para classificar a arquitetura moderna tardia produzida à época: “patos” e “galpões decorados”
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