Abstract

Apesar de serem maioria nas redações jornalísticas brasileiras, as mulheres ainda são, aparentemente, minoria nas editorias de esportes dos meios de comunicação. Também são minoria as reportagens sobre esportes e atletas femininos. O presente artigo visa melhor compreender, por meio de entrevistas, utilizando a metodologia da História Oral, com dez jornalistas da área esportiva em Curitiba (Paraná, Brasil), o ponto de embate social entre três campos distintos e interrelacionados: esporte, gênero e mídia, focando as dificuldades elas que encontram em seus trabalhos e também quais processos utilizam para selecionar as informações com força para se tornarem notícias, seguindo pressupostos dos estudos de comunicação voltados ao emissor (Newsmaking). Em seus relatos, verificou-se que reproduzem o modelo de produção jornalístico sob a dominância masculina e capitalista no esporte e que também estão sujeitas a pressões, tais como ações de preconceito.

Highlights

  • women still seem to be a minority in sports departments

  • on the difficulties they face in their jobs

  • dos fatores levados em conta na definição dos temas

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Summary

INTRODUÇÃO

No Brasil, as mulheres são maioria nas redações de jornais, ocupando cargos de chefia nos meios de comunicação. Interessa-nos investigar como as mulheres jornalistas desenvolvem seu trabalho em uma área predominantemente masculina, sobre uma temática também predominantemente masculina, o esporte. Com o interesse em investigar como as mulheres jornalistas das editorias de esportes atuam, também se pretende verificar quais critérios elas utilizam para selecionar as informações com potencial de se transformar em notícias[4], observando a seguinte questãoproblema: como, em seu trabalho, essas profissionais seguem os enfoques comumente abordados por homens jornalistas na cobertura esportiva ou buscam, de algum modo, contribuir na elaboração de suas pautas[5] e reportagens que assinam para dar maior equidade no que é publicado entre os gêneros sobre o esporte?. Pela História Oral, intenta-se buscar elementos identitários do grupo de jornalistas que apontem como atuam em sua área em relação à cobertura dos esportes e ao gênero. Também evocando suas narrativas de sua rotina de trabalho, objetiva-se buscar em sua memória como seus comportamentos influenciam a definição do que será ou não notícia e sob qual ponto de vista

O CAMPO JORNALÍSTICO E O ESPORTE
AS PARTICIPANTES
UM EXEMPLO DE DOMINAÇÃO MASCULINA: O JORNALISMO ESPORTIVO
MULHERES JORNALISTAS E A COBERTURA DO ESPORTE FEMININO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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