Abstract

Neste artigo, pretendo discutir alguns problemas que emergem da associação, já comum na literatura secundária, entre o último dualismo pulsional freudiano, baseado na oposição entre pulsões de vida e de morte, e as teses schopenhauerianas sobre a vida e a morte derivadas de sua metafísica da vontade. A partir de uma confrontação com as leituras de Marcel Zentner e Stephan Atzert, argumentarei a favor da hipótese de que a diferença mais relevante entre os modelos de Freud e de Schopenhauer não diz respeito à distinção no plano ontológico entre dualismo das pulsões e monismo da vontade, mas sim entre sentido biológico e sentido ético da suposta finalidade associada à morte, como “fim” ou “objetivo” da vida. Minha discussão, portanto, gira em torno de uma distinção quanto ao estatuto teleológico que se pode atribuir à dinâmica da relação entre vida e morte nos dois autores.

Full Text
Published version (Free)

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call