Abstract

Este artigo apresenta as origens, características e desenvolvimentos fundamentais de quatro abordagens dominantes no debate internacional em morfologia urbana: a abordagem histórico-geográfica promovida pela Escola Conzeniana, a abordagem tipológica projetual desenvolvida pela Escola Muratoriana, a sintaxe espacial e, por fim, a análise espacial, incluindo autómatos celulares, modelos baseados em agentes e fractais. Depois de descrever estas quatro abordagens, o artigo sintetiza os seus elementos fundamentais; evidencia o modo como cada abordagem lida com os elementos de forma urbana, os níveis de resolução e o tempo; e ilustra o potencial de cada abordagem com aplicações na prática profissional de planeamento.

Highlights

  • A 6a conferência da Rede Lusófona de Morfologia Urbana (PNUM), ‘Morfologia urbana: território, paisagem e planejamento’, terá lugar em Vitória entre 24 e 25 de Agosto de 2017

  • Tomando Londres como caso de estudo, Vaughan (2007) identifica uma linha de pobreza, com uma forte dimensão espacial, distinguindo ruas pobres, segregadas espacialmente, e ruas mais prósperas, espacialmente integradas

  • Vários autores passaram a implementar modelos de Autómatos Celulares (AC) na simulação de fenómenos urbanos, particularmente a partir dos anos 1980, quando a microcomputação amplia a utilização do cálculo computacional: Couclelis (1985) sustenta a combinação de AC e teorias de sistemas para estudar os sistemas urbanos; White e Engelen (1993) apresentam o seu primeiro modelo ‘constrangido’, combinando mecanismos de escala micro e macro em regras de transição de estados celulares

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Summary

Desenvolvimentos recentes

Esta abordagem morfológica tem sido consistentemente desenvolvida pelo UMRG na Universidade de Birmingham. O autor desenvolveu uma preocupação explícita com os agentes no processo de transformação da cintura periférica, realizando estudos sobre a interação entre proprietários, promotores e planeadores nos processos de desenvolvimento urbano (Whitehand e Morton, 2003, 2004, 2006). Numa revisão do método de regionalização de Conzen e dos seus desenvolvimentos ao longo de duas décadas, Whitehand (2009) sustenta a necessidade de uma maior clareza nos métodos de caracterização e de delimitação dessas unidades e uma maior apreciação do seu potencial de aplicação na prática de planeamento. Larkham e Morton continuam o estudo de Whitehand explorando o processo específico de desenho de limites entre diferentes regiões e questionando a possibilidade de as regiões morfológicas, pelo menos nos níveis superiores da hierarquia, poderem ser delineadas com rigor pela observação de campo e pela análise de cartografia (Larkham e Morton, 2011). Como base na análise das larguras das parcelas em Ludlow, Slater foi capaz de especular sobre aquilo que tinha em mente o ‘agente’ medieval quando do desenvolvimento inicial da área bem como inferir as larguras das parcelas originais e como elas foram posteriormente subdivididas (Slater, 1990)

Abordagem tipológica projetual
Saverio Muratori
Gianfranco Caniggia
Sintaxe espacial
As origens da sintaxe espacial
Desenvolvimentos fundamentais
Principais características
Análise espacial
Autómatos celulares
Modelos baseados em agentes
Que exemplos de aplicação na prática de planeamento?
Síntese comparativa e aplicações
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