Abstract

Partindo de uma situação etnográfica que envolve a construção recente de uma estátua de grandes proporções que representa uma santa católica, este texto busca apontar pistas que respondam à seguinte questão: o que faz um monumento? Articula inspirações que orientam a antropologia dos objetos com referências que constroem uma abordagem material da religião. Toma o Cristo Redentor em sua concepção e realização como protótipo de um novo tipo de objeto religioso. Considerando a crise que assola os paradigmas monumentais definidos até o início do século XX, constata a persistência de objetos que reiteram representações realistas e colossais de personagens religiosas. Sugere que esses monumentos religiosos recentes servem menos para uma função memorial e mais para estabelecer certas formas de presença católica no espaço público.

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