Abstract

Este trabalho tem como objetivo discutir os dados de monitoramento da qualidade da água do rio Paraopeba e em captações de água para consumo humano situados em suas margens realizados pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas – IGAM e pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais – SES-MG posteriores ao rompimento da barragem B1 da Mina do Córrego do Feijão, sob responsabilidade da empresa VALE S. A. (Brumadinho – MG), ocorrido no dia 25 de janeiro de 2019. Além das vidas humanas perdidas e do grande impacto ao meio ambiente, a lama atingiu diversas captações de água para o abastecimento público, além de impactar na renda familiar de diversos ribeirinhos que utilizavam a água do rio para agricultura e dessedentação de animais. Os dados do monitoramento do IGAM apontam para violações aos parâmetros turbidez, ferro dissolvido, manganês total e alumínio dissolvido durante todo o período monitorado; chumbo total e cobre dissolvido no período chuvoso, e ainda zinco, mercúrio e níquel no primeiro trimestre do monitoramento. Já os dados do monitoramento da SES-MG apontam para violações relacionadas a antimônio, arsênio, bário, cromo, chumbo, mercúrio e selênio, além de alumínio, ferro e manganês. Diante dos resultados apresentados em ambos monitoramentos, sugere-se a manutenção da suspensão da utilização da água bruta do rio Paraopeba e de captações próximas às suas margens para qualquer finalidade, além da continuidade dos monitoramentos, que subsidiará a tomada de decisão pelos órgãos responsáveis.

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