Abstract
INTRODUÇÃO: O CrossFit® é um tipo de exercício físico que afeta a homeostase do corpo exigindo ajustes pela via autonômica. Devido sua intensidade de treino ocorre uma modificação no tônus vagal e adaptações fisiológicas cardiovasculares. OBJETIVO: Verificar a variabilidade da frequência cardíaca em praticantes de CrossFit®. MATERIAIS E MÉTODOS: Corte transversal em praticantes de CrossFit® no período de março a junho de 2017, com idade ?18 anos, tempo de prática ?3 meses e uma frequência ?2 vezes na semana. Excluídos: fumantes, gestantes, comorbidades auto referidas (Diabetes Mellitus, hipertensão, doenças cardiorrespiratórias e disfunção na tireoide), mulheres no período menstrual, menopausa, ou aqueles que tiveram dificuldade na compreensão do teste proposto. Para a mensuração da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) foi utilizado o cardiofrequencimetro da marca Polar® modelo V800 heart rate monitor, para a sua análise foi utilizado KUBIOS HRV versão 2.0. Aprovação do CEP-BAHIANA. RESULTADOS: Foram pesquisados 16 participantes, com idade média de 32,11 ± 6,44 anos, 10 (62, 5%) homens. O IMC encontrado foi de 26,39± 3,80 kg/m², classificando 9 (56,3%) indivíduos como sobrepeso e 6 (37,5%) com peso normal. Os valores obtidos da VFC no domínio do tempo:VLFms2:1544(859-3640); LFms2:827(550-2115); HFms2:661(335-1577);LF/HF:1,18(0,86-1,8). CONCLUSÃO:Na amostra estudada, observou-se que praticantes de CrossFit® possuem leve predomínio da atividade simpática, especialmente o sexo masculino e naqueles que praticam atividade física cinco ou mais vezes por semana.
Highlights
O método de treinamento do CrossFit® visa desenvolver o condicionamento físico de forma ampla, inclusiva e geral[1]
Com a prática regular tem uma tendência em obter competências física nos dez domínios do condicionamento físico, preparando o praticante para as contingências necessárias na vida diária[1,2]
Ocorre uma modificação nos tônus vagais que advém das adaptações fisiológicas cardiovasculares como aumento da frequência cardíaca, volume sistólico, débito cardíaco além de promover vasodilatação na musculatura ativa e maior demanda de oxigênio[3,7]
Summary
Francisco Tiago Oliveira de Oliveira[1], Ana Carolina Conceição Ramos[2], Celso Nascimento Almeida[3], Clarcson Plácido Conceição dos Santos[4], Igor Alonso Andrade de Oliveira[5], Mônica Diniz Rocha Mendel[6], Edson Carlos Leite Santos[7], Cristiane Maria Carvalho Costa Dias[8]. MATERIAIS E MÉTODOS: Corte transversal em praticantes de CrossFit® no período de março a junho de 2017, com idade ≥18 anos, tempo de prática ≥3 meses e uma frequência ≥2 vezes na semana. Ocorre uma modificação nos tônus vagais que advém das adaptações fisiológicas cardiovasculares como aumento da frequência cardíaca, volume sistólico, débito cardíaco além de promover vasodilatação na musculatura ativa e maior demanda de oxigênio[3,7]. A regulação do sistema cardiovascular é feita pelo sistema nervoso autônomo (SNA) por meio das vias parassimpática e simpática, que faz ajustes rápidos durante estímulos distintos, tais como, mudança postural, atividade física e estresse mental. O treinamento intenso excessivo estressa o sistema nervoso autônomo, que tem uma tendência a diminuir a sua aferência parassimpática, por não ter tempo adequado de recuperação e adaptação, que pode gerar um overtraining. Se faz necessário verificar a variabilidade da frequência cardíaca em praticantes de CrossFit®
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