Abstract

Este artigo investiga a modernização de Vitória-ES na passagem do século XIX ao XX. Com essa iniciativa, promovida pelo Estado para fortalecer as funções comerciais, criaram-se na cidade novas alternativas de valorização do capital pela instalação de infraestrutura e serviços urbanos. Nesse processo, surge a perspectiva de que a valorização da propriedade imobiliária como expressão do desenvolvimento das condições gerais de produção e reprodução do trabalho possibilitou ao capital rendas futuras crescentes, como se verificou na estratégia de capitalistas locais de compra de grande número de lotes urbanos, sobretudo na área do Novo Arrabalde. Isso indica que a urbanização foi, desde os primórdios, dominada por interesses mercantil-exportadores e patrimonialistas. Esta pesquisa baseou-se em revisão bibliográfica e informações de documentos oficiais como, por exemplo, relatórios de governo e processos de alienação de terras. O referencial teórico de análise procurou apreender a cidade articulada à estrutura econômica como condições urbanas necessárias à reprodução do capital. Para isso, foi preciso compreender o significado econômico da propriedade privada da terra na construção da cidade e o papel da cidade como centro regional na estrutura produtiva estadual.

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