Abstract

OBJETIVO: Desenvolver um modelo experimental de formação de varizes esofágicas por hipertensão portal esquistossomótica em hamsters. MÉTODO: Utilizamos 55 hamsters divididos em dois grupos: grupo I composto de 50 animais infectados com injeção percutânea de 100 cercarias de Schistosoma mansoni da cepa BH; e grupo II composto de cinco animais sadios (grupo de controle). Foram mantidos por um período de incubação de oito semanas. Após este período os animais eram pesados e posteriormente avaliados cirurgicamente quanto à pressão portal, e aspectos macroscópicos e microscópicos do baço, fígado e esôfago tóraco-abdominal. RESULTADOS: Todos os animais do grupo I perderam peso, enquanto os animais do grupo II apresentavam um aumento do peso corporal durante o período de incubação. Vinte e seis (52%) animais do grupo I morreram. Dos 24 hamsters que permaneceram compondo o grupo I observamos uma pressão portal significativamente elevada quando comparada aos animais do grupo II (8,33 x 4,60 cm H2O respectivamente). Verificamos a presença de varizes esofágicas em 16 hamsters do grupo I (66,70%) sendo nestes animais a pressão portal significativamente mais elevada quando comparada aos animais do grupo I que não desenvolveram varizes (9,50 x 6,00 cm H2O respectivamente). CONCLUSÃO: É possível desenvolver em hamsters um modelo experimental de hipertensão portal esquistossomótica aguda com formação de varizes esofágicas.

Highlights

  • There is no ideal therapeutic option for schistosomal portal hypertension because none eliminates the possibility of rebleeding, cause of the death in many patients

  • Fifty-five healthy Sirius Gold’s hamsters weighting 90 to 120 g were divided in two groups: group I - 50 animals infected with percutaneous injection of 100 B.H. cercariae of Schistosoma mansoni; and group II - 5 healthy animals

  • The animals were weighed and later we surgically evaluated the portal pressure, macroscopic and microscopic aspects of the spleen, liver, thoracic and abdominal esophagus

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Summary

Artigo Original

EXPERIMENTAL MODEL OF ESOPHAGEAL VARICES’ FORMATION IN SCHISTOSOMAL PORTAL HYPERTENSION. Verificamos a presença de varizes esofágicas em 16 hamsters do grupo I (66,70%) sendo nestes animais a pressão portal significativamente mais elevada quando comparada aos animais do grupo I que não desenvolveram varizes (9,50 x 6,00 cm H2O respectivamente) Conclusão: É possível desenvolver em hamsters um modelo experimental de hipertensão portal esquistossomótica aguda com formação de varizes esofágicas Warren e De Witt 10 foram os primeiros a demonstrar que a infecção por Schistosoma mansoni em camundongos desenvolvia elevação significativa na pressão portal e constataram, em pequena parcela destes animais, a presença de varizes esofágicas, somente 32 semanas depois da inoculação, atribuindo o seu surgimento à cronificação da doença hepática. 5. Professor Titular e Diretor do Grupo de Fígado e Hipertensão Portal do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

Modelo Experimental de Formação de Varizes Esofágicas
Findings
Não observamos alterações hepáticas à
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