Abstract

Na efetivação do Modelo de Cuidados na Doença Crônica, o enfermeiro tem sido apontado como a chave para a sua implementação. O presente estudo apresenta uma reflexão teórica que objetiva refletir sobre a inserção de uma teoria de enfermagem no Modelo de Cuidados na Doença Crônica. Tal reflexão emerge de um projeto de tese, no contexto de um hospital universitário que é referência para o atendimento a pacientes com diabetes na atenção especializada e hospitalar. Nessa proposta, são relacionados quatro elementos do modelo para a organização do cuidado de enfermagem a essa clientela, associados com a Teoria das Necessidades Humanas Básicas, de Horta. Considera-se que utilizar o Modelo de Cuidados na Doença Crônica associado à Teoria das Necessidades Humanas Básicas, de Horta, poderá favorecer a prática de enfermagem a essa clientela, evidenciando os elementos da prática e, consequentemente, a visibilidade das competências e das atividades da prática do enfermeiro na atenção às doenças crônicas.

Highlights

  • Neste início de século, as doenças crônicas têm aparecido, nos cenários mundial e nacional, como responsáveis pelo aumento massivo nos perfis de mortalidade e incapacidades funcionais, provocado por inúmeros fatores, que incluem urbanização, globalização econômica, medidas políticas e sociais, questões de injustiça social, bem como o envelhecimento populacional.[1]

  • Nessa perspectiva da complexidade das doenças crônicas, ganham ênfase as ações educativas para o autocuidado, devendo a equipe de profissionais apresentar conhecimentos, habilidades e atitudes voltados para a organização e planejamento de tais práticas.[5]

  • Acredita-se que esses resultados positivos se devem ao fato de haver um processo de comunicação bem melhor entre o enfermeiro e o paciente, à natureza de sua educação e de seu papel, posto que esse profissional utiliza estratégias, como a abordagem de temas mais abrangentes, não se restringindo apenas: ao tratamento e à dieta; à liderança do cliente na discussão de mudança de comportamentos; e à inserção do cuidado compartilhado para a gestão da diabetes.[7]

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Summary

MODELO DE CUIDADOS NA DOENÇA CRÔNICA

O CCM foi desenvolvido por meio de uma ampla revisão de literatura internacional sobre a gestão das doenças crônicas, como resposta para as situações de saúde de alta prevalência de condições crônicas e da falência dos sistemas de atenção à saúde nos EUA. Na Organização de atenção à saúde, as mudanças objetivam, criar a cultura, a organização e os mecanismos que promovam uma atenção segura e de alta qualidade; no Desenho da linha de cuidado: assegurar uma atenção à saúde efetiva e eficiente e um Apoio ao autocuidado; no Apoio às decisões clínicas: promover uma atenção à saúde que seja consistente com as evidências científicas e com as preferências das pessoas usuárias; no Sistema de informação clínica: organizar os dados da população e das pessoas usuárias, para facilitar uma atenção à saúde mais eficiente e efetiva; no Apoio ao autocuidado: preparar e empoderar as pessoas para que autogerenciem sua saúde e a atenção prestada; e nos Recursos e políticas: mobilizar esses recursos para atender às necessidades das pessoas usuárias.[2]. Aqui no Brasil são utilizados, parcialmente, como parte de experiências inovadoras de cuidados de condições crônicas no Sistema Único de Saúde (SUS) em alguns municípios, acolhido pelo Ministério da Saúde no Plano de Ações Estratégicas para o enfrentamento das condições crônicas não transmissíveis (DCNT) 2011-2022, como também servir de base para o desenvolvimento de novo modelo aplicável ao sistema público de saúde brasileiro, denominado de Modelo de Atenção às Condições Crônicas (MACC).[2]

PAPEL DO ENFERMEIRO NO MODELO DE CUIDADOS NA DOENÇA CRÔNICA
Apoio ao
Sistema de
Organização da atenção à saúde
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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