Abstract
Resumo Diante da plataformização de tantas formas de interação social, a antropologia digital tem lidado com novos desafios ético-metodológicos. Neste artigo, exploramos como o aprendizado e o uso de métodos mistos (quanti-quali) podem contribuir para o fazer antropológico no estudo de sistemas complexos como as plataformas digitais. Trazemos neste artigo um estudo de caso no qual demonstramos como pudemos observar as mensagens mais compartilhadas entre os usuários de mais de 200 grupos de extrema direita presentes no Telegram no dia 8 de janeiro de 2023. Baseados na experiência de testes e aplicações de novas metodologias multidisciplinares que relacionam as ciências da tecnologia da informação e a antropologia social, buscamos realizar análises amostrais do evento político ocorrido em Brasília. Assim, refletimos sobre as implicações éticas desses novos métodos e concluímos reforçando a importância do aprimoramento e a necessidade de revisões éticas que permitam o uso de métodos mistos no fazer da antropologia digital.
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