Abstract

Neste ensaio, analiso a recorrência das categorias grosseria (rudeness) e ofensa (offence) no discurso sobre a amizade de um grupo de ingleses de camadas médias em Londres. Mais do que outros sentimentos ditos positivos, a menção freqüente a essas categorias aponta para uma tensão que atravessa o discurso sobre a amizade e que problematiza o espaço das amizades no conjunto mais amplo das relações sociais. Adoto, aqui, uma abordagem pragmática dentro do campo da "antropologia das emoções". Se, em um primeiro momento, os estudos priorizavam a relativização das categorias de emoções entre as culturas, verifica-se, mais recentemente, um movimento no sentido de tomar os discursos emotivos como práticas situadas em jogos de relações sociais e negociações de poder. Com isso, a emoção deixa de ser vista como experiência interna, subjetiva, para ser analisada como prática discursiva com efeitos externos, extrapolando o chamado domínio do privado.

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