Abstract
Este estudo se debruça sobre os downshifters - indivíduos que fazem a opção por desacelerar seus ritmos de vida, buscando equilíbrio entre trabalho e lazer e estilos de vida mais frugais de forma a minimizar os efeitos das sociedades industriais capitalistas urbanas. Explora um tipo particular de comportamento em um estrato social específico - um grupo social formado por famílias que têm filhos em uma escola Waldorf, em Florianópolis, Brasil. Foi possível perceber que os aspectos formadores de movimento altera não só indivíduos, mas também as famílias inseridas no espaço educacional que se apresenta como resistência ao sistema educacional tradicional. Os Waldorf assumem premissas do downshifting. Sob a ótica da contracultura, formam um grupo coeso de classe média que tende a restringir sua rede social àqueles que compartilham o mesmo estilo de vida; suas ações cooperativas fomentam sentimentos de pertencimento e solidariedade que ajudam a legitimar estilos de vida alternativos em uma sociedade consumista.
Highlights
A grande maioria não é Waldorf, poucas compartilham nosso estilo, embora se preocupem e pensem sobre todos os assuntos mencionados acima, mas a diversidade faz parte do nosso mundo e é importante para o crescimento de todos (Informante, 43 anos, grifo dos autores)
This study focuses on downshifters — individuals who make the choice to slow down their rhythms of life, strive to balance work and leisure, and look after frugal lifestyles in order to minimize the effects of urban capitalist industrial societies
The goal is to explore a particular type of behavior in a specific social stratum — a social group formed by families that have children in a Waldorf school in Florianopolis, Brazil
Summary
O fenômeno downshifting — desacelerar ou mudar para menos — mobiliza estudos nas Ciências Sociais, mas ainda carece de precisão teórica e conceitual. Buscam por trabalhos coerentes com seu estilo de vida e promovem ou se envolvem em propostas de autoconhecimento e desenvolvimento espiritual como: práticas de consciência corporal, workshops de gerenciamento de estresses e de desenvolvimento espiritual não necessariamente ligados à sua religião de origem. O termo “Waldorf”, de nome próprio, passou a ser recorrentemente utilizado como adjetivo, remetendo a um “estilo de vida” que se refere, não só às escolas, mas a características de objetos, comportamentos e a todos os atores sociais envolvidos com esta pedagogia. Dessa forma, esse grupo ao se alimentar de comidas “naturais”, vestir-se com roupas de puro algodão, seda ou linho, usar brinquedos de madeira, lã pura e cera de abelha e materiais reciclados ou recicláveis, distingue-se da cultura dominante, retoma premissas e práticas cotidianas tradicionais reproduzindo um estilo de vida alternativo que trava uma luta contra o “conservadorismo das classes dominantes” Explorar como esses atores se comportam frente a essa opção é o objetivo desse estudo de maneira a contribuir para compreender esse difuso comportamento social
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