Abstract
Este artigo tem como objetivo apresentar os resultados da pesquisa sobre memórias sociais e coletivas construídas por médicos e médicas psiquiatras acerca da visão do louco e da loucura, tomando como base as contribuições da Teoria da Memória e as contribuições da Teoria das Representações Sociais. Aplicamos entrevistas semiestruturadas a 10 médicos (as) que trabalharam ou trabalham com o enfermo psiquiátrico, por dois anos ou mais, e desenvolveram a maior parte de suas atividades profissionais na cidade de Vitória da Conquista – Bahia. No trabalho, pontuamos o percurso das representações sociais coletivo-individuais que foram sendo construídas por esses profissionais. Como resultado, observamos que os entrevistados (as) mobilizam uma representação da memória do medo do “louco” e da “loucura” no seio das relações familiares, dos mais próximos, uma memória individual-coletiva resultante das experiências vividas por eles (as), bem como por seus pares e referências da psiquiatria para construir a narrativa de si e de sua profissão no que se refere à compreensão do significado do medo do “louco” e da “loucura”.
Highlights
IntroduçãoPara a análise das entrevistas recorremos as contribuições da teoria da memória (Halbwachs, 1999, 2004) e também, de forma aproximativa, de uma das vertentes da teoria das representações sociais, a partir da consideração de que as nossas memórias são construídas com base nas crenças comuns (representações) produzidas socialmente e no entorno mais próximo onde vivemos, mas também são reconstruídas conforme o acúmulo de conhecimento, de experiências que adquirimos
MetodologiaTratou-se de uma pesquisa qualitativa que ocorreu através de entrevistas semiestruturadas.
67), " Os métodos qualitativos são aqueles nos quais é importante a interpretação por parte do pesquisador com suas opiniões sobre o fenômeno em estudo".
Summary
Para a análise das entrevistas recorremos as contribuições da teoria da memória (Halbwachs, 1999, 2004) e também, de forma aproximativa, de uma das vertentes da teoria das representações sociais, a partir da consideração de que as nossas memórias são construídas com base nas crenças comuns (representações) produzidas socialmente e no entorno mais próximo onde vivemos, mas também são reconstruídas conforme o acúmulo de conhecimento, de experiências que adquirimos
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