Abstract

Este artigo resultou da participação no Projeto “Práticas sociais e saberes de mulheres e homens e a produção do território rural no Distrito de Marracuene em Moçambique: viabilidade das alternativas produtivas no mundo da sustentabilidade”, desenvolvido de 2013 a 2017 e estruturado sob uma proposta interdisciplinar e interinstitucional. A minha atuação no referido projeto, no que tange ao contato direto com a população, compreendeu a experiência de permanência em Maputo-Moçambique por trinta dias. O objetivo neste texto é o de apresentar minhas impressões deste período, com o olhar voltado às mulheres e à produção de suas próprias vidas, seja material ou imaterial, por meio de uma metodologia de aproximação e de respeito às diversidades culturais e à organização do trabalho. As observações, os diálogos, os registros em caderno de campo e fotográficos ocorreram em espaços rurais e urbanos, em locais de produção de alimentos e de sua comercialização. Os resultados são indescritíveis. O que ora apresento são manifestações de conhecimentos coletivizados e demonstro, também, relevância em valorizar os aprendizados compartilhados entre os dois países de modo respeitoso, rompendo com as hierarquias impostas pelo conhecimento científico, quando nega ou exclui os saberes tradicionais e os modos de vida alicerçados em culturas díspares.

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