Abstract

Realizou-se a ceratectomia superficial em 28 coelhos, distribuídos em dois grupos. No grupo tratado, composto por 14 animais, utilizou-se a membrana amniótica canina como bandagem, suturada com sua face epitelial voltada contra a superfície corneana. O grupo controle não recebeu tratamento. A avaliação clínica foi realizada 24 horas após a cirurgia, a cada dois dias durante uma semana e a cada quatro dias até 180 dias. Avaliaram-se os efeitos da membrana amniótica como bandagem, comparando-se o tempo de epitelização da córnea entre os grupos e verificando o período necessário para que a córnea apresentasse transparência completa. A opacidade corneana esteve presente em todos os animais durante o período observado. O tratamento instituído resultou clinicamente em neovascularização corneana, opacidade de córnea mais intensa no período inicial de reparação, retardou o processo de epitelização e causou mais dor e desconforto que nos animais do grupo-controle.

Highlights

  • As úlceras de córnea, ou ceratite ulcerativa, são uma das doenças oculares mais comuns em cães e gatos

  • Muitos tipos de membranas biológicas têm sido estudadas em cirurgias oftálmicas reconstrutivas na medicina humana e veterinária

  • BARROS P.S.M.; GARCIA J.A.; LAUS, J.L. et al The use of xenologous amniotic membrane to repair canine corneal perforation created by penetrating keratectomy

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Summary

MATERIAL E MÉTODOS

Este estudo seguiu as normas para experimentação oftalmológica seguindo os critérios da Association for Research in Vision and Ophthalmology (ARVO), no qual apenas um dos olhos de cada animal foi comprometido. Um fragmento da membrana amniótica, previamente hidratado por 10 minutos, foi posicionado no defeito corneano com sua face epitelial voltada contra a córnea. A remoção da sutura, dos animais do grupo tratado, foi feita após o início da queda do implante, com os animais submetidos à sedação, seguida pelo uso de colírio anestésico. Foi feito o teste de fluoresceína para verificar a presença da membrana no grupo tratado e o grau de epitelização da área que sofreu a ceratectomia no grupo-controle e no grupo tratado após a remoção do implante. Todos os parâmetros foram verificados 24 horas após a cirurgia, a cada 48 horas durante os primeiros sete dias de pós-cirúrgico e, a cada quatro dias, até o final do período de observação de cada grupo. O teste estatístico utilizado foi o não-paramétrico de Wilcoxon, considerando o nível de significância P

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Dia de observação
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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