Abstract

O artigo se interessa pelas análises que Derrida consagrou ao “trabalho do luto”, nas quais, tomando como referência a psicanálise, o filósofo distinguia o processo “normal” do luto, baseado numa absorção do objeto perdido, e suas formas patológicas em que ele subsiste como resto inassimilável, que retorna para assombrar o eu como um espectro. Paradoxalmente, o fracasso do trabalho de luto respeitaria mais o Outro morto do que o luto normal ou “exitoso”, e essa preferência de Derrida pelas patologias do luto seria confirmada por “uma melancolia da desconstrução”, reveladora de uma impossibilidade de “fazer o seu luto” da metafísica ocidental. Esta travessia crítica da desconstrução tem no seu horizonte, assim, por uma espécie de parricídio filosófico, que é também uma última homenagem prestada ao mestre morto.

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