Abstract
Na atualidade, o uso das novas tecnologias da informação e da comunicação e a sua relação com a segurança tornam-se cada vez mais relevantes. Essa reflexão ganha maior centralidade no contexto de políticas de proteção, como é o caso do Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAAM). Nesse sentido, a partir de um estudo teórico e empírico, o presente artigo tem como objetivo refletir sobre a relação entre os meios de comunicação e a política de proteção do PPCAAM no Brasil, tendo em vista os parâmetros definidos na Constituição da República de 1988 e do Decreto Federal que cria e regulamenta tal politica. Com o avanço tecnológico na área da comunicação, o PPCAAM precisa aperfeiçoar a sua metodologia, em particular, quanto ao uso das ferramentas virtuais com as quais os usuários e os profissionais deste Programa estão cotidianamente em contato. Por fim, ressalta-se que a necessidade da construção de uma cultura de segurança no contexto de trabalho do PPCAAM, de forma a estabelecer um senso crítico sobre a relação entre proteção e os meios de comunicação.
Highlights
At present, the use of new information and communication technologies and their relationship with security are becoming increasingly relevant
The protection of children, adolescents and young people threatened with death
Recuperado em 20 de abril, 2017, de www.juventude.gov.br/juventudeviva
Summary
O assassinato de crianças e adolescentes é uma grave forma de violência que possui diferentes dimensões e, dessa forma, necessita de ações articuladas para a formulação e implementação de políticas públicas que sejam eficazes no seu enfrentamento. Em um primeiro plano, realiza-se uma revisão bibliográfica interdisciplinar, com destaque para contribuições de Guy Debord, Loïc Wacquant e outros autores, tendo por foco as noções de “sociedade do espetáculo” e de “adesão subjetiva à barbárie”, que conformam o contexto analítico mais amplo do texto e dos campos de estudo conexos, como o Direito e a Comunicação Social. Isso também justifica a opção pelo desenvolvimento da pesquisa ao ponto de evidenciar limites e possibilidades na relação entre políticas públicas de crianças e adolescentes e os meios de comunicação social, contribuindo para a maior oferta de análises com foco nas experiências de proteção desse público, ou, em sentido mais abrangente, da prática dos direitos humanos como uma realidade cotidiana. Apresenta-se a relação entre o PPCAAM e os meios de comunicação a partir da análise de dados empíricos, destacando os efeitos da exposição indevida dos protegidos pelos meios de comunicação
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