Abstract

O médico de família e comunidade é figura central em um sistema de saúde que pretende seguir o modelo de Atenção Primária à Saúde (APS), definido na conferência de Alma Ata, em 1978. Fazem parte das suas competências: comprometimento com a pessoa e enfoque em prevenção e gestão de recursos. É sua função diagnosticar e tratar os quadros mais prevalentes tendo em vista essas competências até o momento em que uma maior complexidade tecnológica seja requerida. Uma vez que os sintomas relacionados ao trato digestivo representam queixas muito comuns na prática clínica diária, fazem parte do cotidiano do médico generalista. Uma busca na literatura foi conduzida nos bancos de dados Pub Med, Lilacs e Biblioteca Cochrane sobre estudos que relacionam Medicina de Família e Comunidade (MFC) e Doenças Gastroenterológicas publicados nos últimos 30 anos em inglês, espanhol ou português. Livros de textos de MFC e Clínica Médica também foram consultados.Oobjetivo foi demonstrar o papel do médico de família e comunidade no diagnóstico e tratamento de doenças gastroenterológicas. Como resultado foi constatado que grande parte dos casos de dor epigástrica, queimação retroesternal, sangramento retal e diarréia podem ser plenamente resolvidos pelo médico de família e comunidade. O acompanhamento de doenças gastroenterológicas crônicas estabilizadas, como as hepatites virais, também podem ser de sua responsabilidade. Conclusão: a maior parte das queixas gastroenterológicas que chegam ao médico de família e comunidade não necessita de encaminhamento ao especialista, pode ser resolvida ao nível da APS. Assim, o sistema de saúde é “otimizado”: as consultas dos especialistas tornam-se mais rápidas, aumenta-se o valor preditivo positivo das provas diagnósticas e diminui-se a possibilidade de erro do nível secundário/terciário.

Highlights

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Summary

H GH GLVSHSVLD

JDVWULQWHVWLQDO SRU H[HPSOR RX VHU GH UD]mR IXQFLRQDO 'H DFRUGR FRP R &RQVHQVR ,QWHUQDFLRQDO GH. $ RSomR SRU EORTXHDGRUHV + H[LJH PDLRU Q~PH UR GH GRVHV H DSUHVHQWD PDLV HIHLWRV FRODWHUDLV H LQWHUDo}HV FRP RXWURV IiUPDFRV SURSUDQRORO FXPDUtQLFRV EHQ]RGLD ]HStQLFRV IHQLWRtQD WHRILOLQD H RXWURV PHGLFDPHQWRV PHWD EROL]DGRV QR ItJDGR 'HYH VH HYLWDU R XVR VLPXOWkQHR FRP DQWLiFLGRV TXH GLPLQXHP VXD DEVRUomR. &RPR Mi GLWR LQLELGRUHV GH ERPED GH SUyWRQV PHOKR UDP VLQWRPDV GH SDFLHQWHV FRP GLVSHVLD IXQFLRQDO Mi TXH PXLWRV GHOHV WDPEpP DSUHVHQWDP FRPSRQHQWH GH UHIOX[R QmR HURVLYR. VH PDQLVIHVWDU VDQJXH RFXOWR TXDQGR QmR Ki DOWHUDo}HV YLVtYHLV QR EROR IHFDO PHOHQD TXDQGR DV IH]HV VmR HQHJUH. SDUD GHILQLU D ORFDOL]DomR H LQWHQVLGDGH GR VDQJUDPHQWR

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