Abstract

Enquanto prática cultural, a Medicalização da Vida é um fenômeno amplo, significativo para as ciências da saúde e do comportamento, e pródigo em suscitar acirrados debates. A argumentação desenvolvida no presente artigo discute esta prática cultural no contexto da análise clínica do comportamento, tendo como norte a seguinte questão: é possível pensar em uma Medicalização da Vida virtuosa? Para tanto, este trabalho (1) faz um levantamento do desenvolvimento atual do conceito de Medicalização da Vida; (2) apresenta uma perspectiva analítico-comportamental da Medicalização e (3) apresenta uma reflexão crítica sobre os motivos pelos quais o analista do comportamento pode, ou não, considerar a Medicalização da Vida como um problema a ser enfrentado. Argumenta-se que a discussão normativa acerca da prática cultural da Medicalização da Vida no âmbito da análise clínica do comportamento depende, necessariamente, de uma clarificação acerca dos objetivos da prática clínica em questão.

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