Abstract

This article contributes to knowledge on medical training and careers at a time of change driven by Enlightenment ideas, but also a time of conflict between age-old structures and new legal frameworks. By analyzing an individual trajectory in interaction with other individuals and institutions, the contradictions of the historical context that constrained the life of José Pinto de Azeredo are brought to light. The circumstances surrounding his professional activity are analyzed - an aspect of this physician's trajectory that was until now unstudied. Some hypotheses are formulated to explain why he did not reach the objectives he set for himself.

Highlights

  • This article contributes to knowledge on medical training and careers at a time of change driven by Enlightenment ideas, and a time of conflict between ageold structures and new legal frameworks

  • Pinto de Azeredo regressa ao reino em 1797

  • Cx.[37], Luís Cichi (Arquivos da Universidade de Coimbra, Coimbra). 1776-1778

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Summary

Laurinda Abreu

José Pinto de Azeredo nasceu no Rio de Janeiro, em 1764. Formou-se em medicina na Universidade de Edimburgo, entre 1786 e 1788, tendo defendido a tese de final de curso na Universidade de Leiden, a 24 de maio de 1788. Propositadamente, a Universidade de Coimbra ignorava a distinção entre “cartas para curar de medicina” (licenças temporárias e restritivas quanto às práticas curativas, que criavam “médicos a termo”, apenas autorizados a exercer em locais onde não houvesse médicos diplomados por Coimbra), que eram a maioria das licenças concedidas pelo físico-mor, e as “cartas de medicina”, essas sim, correspondentes a diplomas de medicina atribuídos a quem se tinha graduado no estrangeiro ou em situações excepcionais. A primeira referência à necessidade de reproduzir conhecimento médico em Angola para colmatar a ausência de europeus foi feita em 1703 pelo presidente do Conselho Ultramarino, Francisco de Távora (Pina, 1943, p.23-24).[15] Desconhece-se se Francisco de Távora estaria a pensar no treino de cirurgiões nos hospitais, até porque esses eram escassíssimos naquela parte do império português, ou se teria em mente algo semelhante ao que nesse mesmo ano começava no Hospital Real de Goa, um projeto que ganhava forma após vinte anos de tentativas falhadas de ali estabelecer aulas de medicina. Tinha então 37 anos, e crê-se que, a par com a prática privada em Lisboa, terá mantido o emprego no Hospital Militar até à sua morte, aos 46 anos

Pinto de Azeredo e os militares
Rupturas e continuidades no campo médico
Considerações finais
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