Abstract
RESUMO Este trabalho apresenta um modelo para determinar a fragilidade ambiental em bacias hidrográficas. O estudo foi realizado na Bacia do Rio Aldeia Velha, RJ, localizada na zona de contato e transição entre a baixada litorânea e o relevo montanhoso da Serra do Mar. Fatores que influenciam a ocorrência de processos erosivos foram integrados por algoritmos em um SIG para construção de classes de fragilidade. A análise multicriterial considerou o modelo numérico de terreno, dados oficiais sobre variáveis ambientais, imagem orbital de alta resolução e a opinião de especialistas. Através de informações secundárias sobre pedologia, intensidade das chuvas e declividade do terreno gerou-se o Mapa de Fragilidade Potencial (MFP). Através da combinação desse mapa com informações sobre uso e cobertura da terra obteve-se o Mapa da Fragilidade Emergente (MFE). Os resultados mostram que mais de 70% da área da bacia possui fragilidade ambiental considerada alta ou muito alta, tanto potencial como emergente. Os Processos Erosivos Aparentes (PEA) relacionaram-se positivamente com as áreas de alta fragilidade nos produtos cartográficos finais, destacando regiões mais propensas à intensificação de movimentos de massa e prioritárias para prevenção contra perda de solo. Os modelos geraram informações importantes para o planejamento territorial, possibilitando um zoneamento acessível e de fácil atualização para as prefeituras municipais e organizações da sociedade civil, inclusive para o monitoramento das áreas de alta fragilidade ambiental.
Highlights
This paper presents an approach to mapping the environmental fragility of river basins
The study was performed at the Aldeia Velha river basin, a rainforest watershed located between Rio de Janeiro’s coastal plains and the Serra do Mar highlands
A multiple-criteria analysis was performed involving factors that affect the risk of erosion; these variables were analyze using GIS tools and were integrated by algorithm in order to form a description of the different classes of environmental fragility in the basin
Summary
A análise ambiental e o planejamento territorial têm como base as condições da paisagem e as características naturais da região, considerando principalmente informações como declividade, pedologia, intensidade pluviométrica, uso da terra e cobertura vegetal, de forma a viabilizar um efetivo gerenciamento ambiental (Bojórquez-Tapia et al, 2013; Martín-Duque et al, 2012; Ross, 2012). O planejamento das formas de uso e ocupação da terra deve considerar a fragilidade do ambiente à degradação, monitorando processos que afetam diretamente o fornecimento de bens e serviços ambientais, como características relacionadas à erosão do solo, assoreamento de cursos d’água e perda de biodiversidade. A identificação de unidades naturais e dos graus de fragilidade (potencial e emergente) da paisagem proporcionam melhores definições para a etapa de planejamento territorial, base para traçar diretrizes e propor ações de zoneamento e gestão das áreas especiais, que necessitam de maiores esforços para conservação do equilíbrio ambiental (MartínDuque et al, 2012; Tomczyk, 2011). Através da inter-relação entre as variáveis ambientais (relevo, tipo de solo, precipitação e uso da terra), modelos computacionais aplicados ao estudo da fragilidade para fins de ordenamento territorial resultam em mapeamentos temáticos, nos quais a área de estudo é classificada segundo uma escala de fragilidade ambiental (Jain & Goel, 2002). Assim oferecemos subsídios para gestão e monitoramento de bacias hidrográficas, com especial atenção para as formas de ocupação da terra em áreas de risco, isto é, de alta fragilidade e mais propensas à erosão
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