Abstract
A partir das práticas do principal fã da cantora norte-americana Madonna em Cuba, investiga como sujeitos cubanos lidam com a presença de ícones da cultura pop anglófila na ilha. Aponta-se um conjunto de tensões sobre a presença de objetos de fãs no país socialista desvelando um modo particular de globalização que parece negociar os fluxos do capital transnacional com a singularidade do regime de Estado cubano. Demarca-se, a partir da memória do fã, um itinerário que nos leva ao programa de televisão Colorama, uma espécie de “MTV cubana”. Postula-se que o consumo cultural de artefatos de Madonna na ilha pode ser percebido como uma dinâmica de resistência, negociação e solidariedade de comunidades de fãs que se conectam através da rede social Facebook.
Highlights
Às segundas-feiras, precisamente às 23h, o jovem Alberto Arcos, de 14 anos de idade, se senta diante do aparelho de televisão em preto e branco, na sala de sua casa na cidade de Holguín, a leste da ilha de Cuba, para assistir ao programa Colorama, revista eletrônica jovem voltada para lançamentos de videoclipes nacionais e internacionais, exibido pela emissora Tele Rebelde
Through the practices of the main fan of the US singer Madonna in Cuba, we investigate how cubans deal with the presence of Anglo-American icons of pop culture on the socialist island
A set of tensions about the presence of fan objects in the country is pointed out revealing a particular form of globalization that seems to negotiate the flows of transnational capital with the singularity of the Cuban state regime
Summary
AO CITAR ESTE ARTIGO, UTILIZE A SEGUINTE REFERÊNCIA: SOARES, Thiago; LIMA, Mariana Lins. A partir das práticas do principal fã da cantora norte-americana Madonna em Cuba investiga-se como sujeitos cubanos lidam com a presença de ícones da cultura pop anglófila na ilha. Aponta-se um conjunto de tensões sobre a presença de objetos de fãs no país socialista desvelando um modo particular de globalização que parece negociar os fluxos do capital transnacional com a singularidade do regime de Estado cubano. Demarca-se, a partir da memória do fã, um itinerário que nos leva ao programa de televisão Colorama, uma espécie de “MTV cubana”. Postula-se que o consumo cultural de artefatos de Madonna na ilha pode ser percebido como uma dinâmica de resistência, negociação e solidariedade de comunidades de fãs que se conectam através da rede social Facebook. Música pop; Globalização; Consumo; Cultura de fãs; Madonna
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