Abstract

http://dx.doi.org/10.5902/198464444628 Neste trabalho, apresenta-se e discute-se parte dos resultados de uma pesquisa que foi realizada entre 2006 e 2009 com alunas egressas do curso de Pedagogia que se tornaram professoras. Tal estudo tomou como referência as contribuições teóricas e metodológicas de Bakhtin, Lahire e Chartier, levando-se em conta que estes autores, em suas especificidades, situam nas práticas sociais a gênese do especificamente humano, destacando o papel do outro e da mediação semiótica nesse processo. Os dados aqui compartilhados referem-se a um dos sujeitos desta pesquisa, que, à época, era professora do terceiro ano do Ensino Fundamental em uma instituição pública de ensino no interior do Paraná e diz respeito ao relato desta experiência profissional. Seu estudo, ao pretender contribuir para ampliar a visibilidade dos processos constitutivos da profissionalidade docente nos anos iniciais, acabou colocando em evidência um entrelaçamento singular de várias vozes sociais que se encontram, confrontam-se e se localizam em diversos espaços e tempos: algumas delas pertencem ao período da sua formação inicial, mediadas pelos professores formadores; outras pertencem aos seus interlocutores imediatos, colegas de trabalho/equipe pedagógica; além de vozes que se localizam na administração local, que, por sua vez, mediam a política educacional, indiciando as determinações mais amplas que marcam uma determinada época histórica. Palavras-chave: cotidiano escolar, trabalho docente, significações, anos iniciais do Ensino Fundamental.

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