Abstract

Objetivo: Relatar a experiência de enfermeiros voluntários na Organização da Sociedade Civil de Interesse Público Expedicionários da Saúde noprocesso de implementação de centro cirúrgico e centro de material e esterilização de hospital de campanha em aldeia indígena na região norte do Brasil.Método: Pesquisa descritiva, narrativa, com abordagem qualitativa, do tipo relato de experiência, realizada entre os meses de setembro e novembro de2015. Resultados: O processo de estruturação e implementação de um centro cirúrgico e centro de material e esterilização em áreas isoladas contevecinco etapas e contou com a participação e o envolvimento de enfermeiros desde o planejamento e gerenciamento das atividades até a etapa de execução.Conclusão: O engajamento e o compromisso dos profissionais enfermeiros em todas as etapas contribuem para a garantia da segurança e da qualidadedas cirurgias realizadas no paciente indígena, por meio de um trabalho que prima pela organização, sistematização e cientificidade dos processos.

Highlights

  • Para cada caixa é realizada uma listagem com os tipos e a quantidade de materiais, que deve ser assinada pelo profissional responsável pela sua montagem

  • Após o término da expedição (Figura 5), todos os materiais romaneados foram acompanhados no retorno ao centro de distribuição (CD) pela equipe de logísticos da Expedicionários da Saúde (EDS)

  • Em centros de suporte à saúde indígena (CASAIs), a equipe de enfermagem planeja a assistência e as ações que deverão ser realizadas com os pacientes indígenas, o que inclui gerir o processo de transporte, alimentação e estadia, já que esses precisam se deslocar a grandes distâncias para ter acesso ao atendimento de saúde[18]

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Summary

Logística do Bloco Cirúrgico na Floresta

A assistência ao povo indígena no Brasil é marcada por desafios que contemplam concomitantemente o acesso universal e equânime aos serviços de saúde, bem como a garantia e o respeito à cultura, crenças, tradições e costumes das diversas etnias presentes no país. Na EDS, o profissional enfermeiro desempenha papel fundamental desde a etapa de planejamento/organização até a execução do trabalho, assegurando a operacionalização sistemática dos processos de armazenamento, conservação, distribuição, transporte e manuseio dos materiais e equipamentos a serem utilizados, com o objetivo de manter sua integridade, ou seja, a validade e qualidade desses para que a segurança dos pacientes seja garantida. Inseridos nesse ambiente de evolução de habilidades sociais, o enfermeiro encontra espaço para gerar e compartilhar novos conhecimentos na área de CC e CME em áreas isoladas, bem como a capacitação dessas equipes de saúde acerca de processos hospitalares, com foco no estímulo ao pensamento crítico-reflexivo que contribua para o avanço da prática segura e de alta qualidade. Durante a execução da expedição, os enfermeiros voluntários da EDS, juntamente com a equipe de enfermagem do Distrito Sanitário Especial de Saúde Indígena (DSEI), são distribuídos entre os setores de CC, CME, pré-operatório, pós-operatório, ambulatório de ginecologia, ambulatório de oftalmologia, consultórios e triagem

Preparo do material e equipamentos no centro de distribuição
Preparo logístico da montagem da expedição
Montagem do centro cirúrgico e do centro de material e esterilização
Desmontagem do centro cirúrgico e do centro de material e esterilização
Retorno dos materiais e equipamentos para o centro de distribuição
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