Abstract
O artigo aborda os esforços do movimento sanitarista brasileiro em redefinir, entre 1910 e 1920, as fronteiras entre os sertões e o litoral, entre o interior e as cidades, entre o Brasil rural e o urbano, em função do que consideravam o principal problema nacional: a saúde pública. Este movimento divulgou exaustivamente uma definição essencialmente médico-política desses limites: os sertões dos médicos-higienistas caracterizavam-se pela concomitante ausência de poder público e onipresença de doenças endêmicas. Por meio de uma intensa campanha de opinião pública, os médicos-higienistas convenceram as elites políticas de que esses sertões estavam mais próximos do que elas imaginavam criando, assim, as bases para as primeiras ações nacionais de saúde pública na década de 1920.
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