Abstract

RESUMO O presente artigo tem por objetivo geral refletir sobre língua e cultura no contexto da “feminização das migrações” (CORTES, 2016; MARINUCCI, 2007; MEJIA; CAZAROTTO, 2016), especificamente a migração de refúgio, pensando o fenômeno sob uma perspectiva dos estudos em Políticas Linguísticas. Ao considerar-se trajetórias de migração, entendemos que os objetivos e os desafios podem mudar conforme o gênero: segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) a discriminação contra as mulheres e meninas, e violências derivadas dessa, é causa e também consequência do deslocamento forçado. No Brasil, a presença feminina na imigração de refúgio se apresenta expressiva: em 2016, segundo dados da Secretaria Nacional de Justiça, as mulheres representaram mais de 30% dos que buscam acolhimento no país. Buscamos refletir sobre (i) as barreiras linguísticas na inserção social e linguística na sociedade de acolhimento, (ii) a língua e cultura de origem e aquelas de acolhimento, através de narrativas de uma refugiada em entrevistas disponíveis online. Contextualizamos a pesquisa com uma revisão bibliográfica, com dados consolidados por estudos sobre a realidade da imigração no Brasil nos últimos anos (ACNUR, CONARE, IMDH, OBMigra).

Highlights

  • This paper proposes a reflexion on the language and culture in the context of the “feminization of migrations” (CORTES, 2016; MARINUCCI, 2007; MEJIA; CAZAROTTO, 2016), the refuge migration, taking the phenomenon from a study perspective in Language Policy

  • We contextualize the research with a bibliographical review, with data consolidated by studies on the reality of immigration in Brazil in recent years (UNHCR, CONARE, IMDH, OBMigra)

  • A escolha de trabalhar com narrativas de uma refugiada se justifica como busca de uma pesquisa mais reflexiva, a fim de ouvir e fazer ouvir a voz dessa mulher – o que permite, como observa Cunha (2013, p. 169), “uma abordagem interior”, no relato de quem viveu o que narra, ainda que acreditemos que, como “são discursos construídos de maneira retrospectiva, um narrador pode contar diferentes histórias sobre si, em diferentes momentos, e também contar a mesma história para públicos diferentes (COSTA, 2018, p. 100)

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Summary

LANGUAGE AND CULTURE IN THE FEMINIZATION OF MIGRATION IN BRAZIL

RESUMO O presente artigo tem por objetivo geral refletir sobre língua e cultura no contexto da “feminização das migrações” (CORTES, 2016; MARINUCCI, 2007; MEJIA; CAZAROTTO, 2016), especificamente a migração de refúgio, pensando o fenômeno sob uma perspectiva dos estudos em Políticas Linguísticas. Ao considerar-se trajetórias de migração, entendemos que os objetivos e os desafios podem mudar conforme o gênero: segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) a discriminação contra as mulheres e meninas, e violências derivadas dessa, é causa e também consequência do deslocamento forçado. No Brasil, a presença feminina na imigração de refúgio se apresenta expressiva: em 2016, segundo dados da Secretaria Nacional de Justiça, as mulheres representaram mais de 30% dos que buscam acolhimento no país. Contextualizamos a pesquisa com uma revisão bibliográfica, com dados consolidados por estudos sobre a realidade da imigração no Brasil nos últimos anos (ACNUR, CONARE, IMDH, OBMigra).

Língua e cultura na feminização das migrações no Brasil
PARES Cáritas RJ
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Findings
REFERÊNCIAS DE VÍDEOS ONLINE
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