Abstract

Diante da intensa utilização de herbicidas, aliada à escassez de informações referentes ao efeito residual desses compostos em alguns solos brasileiros, objetivou-se neste trabalho avaliar o potencial de lixiviação por meio de ensaios biológicos, do herbicida sulfentrazone, nas camadas de 0-20 e 20-40 cm de solos do Norte de Minas Gerais cultivado com cana-de-açúcar. O experimento foi conduzido no esquema de parcelas subdivididas, no delineamento inteiramente casualizado. As parcelas foram compostas por colunas de PVC, preenchidas com solos de Salinas (MG) e Pirapora (MG), e as subparcelas, por 10 profundidades com intervalos de 5 cm (0-5, 5-10, 10-15, 15-20, 20-25, 25-30, 30-35, 35-40, 40-45 e 45-50 cm). No topo das colunas, aplicou-se a dose de 600 g ha-1 i.a sulfentrazone e, 12 horas depois, simulou-se 60 mm de precipitação pluviométrica. Após 72 horas, as colunas foram colocadas na posição horizontal e abertas longitudinalmente, divididas em subseções de 5,0 cm. A avaliação da intoxicação das plantas-teste foi realizada visualmente aos 21 dias após a semeadura destas, posteriormente foi feito o corte da parte aérea das plantas bioindicadoras. Foram observados sintomas de intoxicação do sulfentrazone nas plantas bioindicadoras até 10 cm de profundidade na camada superficial (0-20 cm) e até 15 cm na camada mais profunda (20-40 cm) de ambos os solos. Nas duas camadas de solo o sulfentrazone foi detectado em maior concentração nos primeiros cinco centímetros. Maior mobilidade do herbicida foi verificada na camada mais profunda do solo (20-40 cm) indicando maior potencial de lixiviação do herbicida nestas condições.

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