Abstract

Resumo Este artigo explora as ações do poder ditatorial no campo da censura literária durante o regime franquista nos anos de 1940 e 1950 mediante distintos “expedientes de censura”. O estudo aprofunda-se na questão do controle vigilante e sua legislação censora, ao mesmo tempo em que investiga os espaços de resistência que o coletivo de escritoras encontrou para que suas obras pudessem ser publicadas, averiguando as estratégias que as escritoras empregaram para evitar a temida caneta vermelha de seus vigilantes. Além disso, apresenta-se o modo como as escritoras sofreram com as ferrenhas políticas de gênero que limitavam suas ações à esfera privada.

Highlights

  • Este artículo explora las acciones del poder dictatorial en el campo de la censura literaria durante el régimen franquista en los años cuarenta y cincuenta a través de diferentes “dispositivos de censura”

  • Uma ordem que preserva e reforça a dicotomia entre público/privado, racional/irracional e, claro está, homem/mulher

  • A construção dos “clássicos” literários implica a eliminação de certos textos, e, em uma sociedade como a franquista, cuja tradição narrativa foi predominantemente falocêntrica, as escritoras sofreram um processo de invisibilização tendo em conta a condição de serem mulheres, mas também pelo caráter socioeconômico, racial e sexual

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Summary

Sara Martín Gutiérrez e Gabriela de Lima Grecco

Já estava cansada de viver às margens da vida. Carolina Maria de Jesus, 2007: 184. A literatura, nesse caso, pode ser um caminho muito válido para examinar o contexto dessas escritoras, descobrir sua capacidade de atuação, sua visão de mundo, seu poder (ainda que limitado), assim como a influência ou a resistência às normas de gênero de uma época. Para investigar a respeito de algumas escritoras sob o regime de Francisco Franco, a presente pesquisa não apenas fez uso de suas obras (como arquivo alternativo), mas também dos relatórios de censura do Arquivo General de la Administración (AGA) – situado na cidade de Alcalá de Henares, Comunidade de Madri, Espanha —, no qual se conservam as principais fontes documentais deste trabalho e que são, sem dúvida, imprescindíveis para o estudo da censura e das políticas oficiais do livro durante o franquismo.

Mulheres sob o franquismo
Escritoras censuradas
Referências bibliográficas

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