Abstract

Um dos procedimentos mais adotados para o estudo de redes de fraturas são as linhas de levantamento estrutural, tanto em trabalhos de Geologia como de Engenharia. Os dados coletados através desse método necessitam ser corrigidos para viés de orientação, sendo a correção proposta por Ruth Terzaghi a mais empregada e amplamente reconhecida. Uma vez que a correção originalmente era feita através de ábacos manuais, e que muitos dos programas atualmente disponíveis para realizá-la não são de acesso livre, este trabalho propõe a execução da correção de viés de orientação de linhas de levantamento através de planilhas eletrônicas, visando tornar o procedimento mais acessível e difundido entre os profissionais brasileiros.

Highlights

  • SCANLINE SURVEYS: CORRECTING ORIENTATION BIAS BY MEANS OF ELECTRONIC SPREADSHEETS

  • Versão corrigida em 15/09/2020 mento (TERZAGHI 1965, PRIEST & HUDSON 1981, ROULEAU & GALE 1985, PRIEST 1993); (ii) amostragem por área ou janela (MCQUILLAN 1974, PRIEST 1993, WU & POLLARD 1995, MOBASHER & BABAIE 2008, GHOSH & MITRA 2009); (iii-iv) amostragem circular, que pode ser linear ou por área (GROSSENBACHER et al 1997; MAULDON 1998; MAULDON et al 1999a, b, 2001; ROHRBAUGH et al 2002; PEACOCK et al 2003; WATKINS et al 2015)

  • 2006, ZEEB et al 2013, WATKINS et al 2015), estão os vieses: (i) de orientação, devido a fraturas que interceptam a linha ou área de levantamento em ângulos oblíquos; (ii) de truncamento, devido ao limite de resolução de amostragem, o qual é dependente do equipamento utilizado, e devido ao contraste entre a rocha e as fraturas; (iii) de censura, devido ao limite de tamanho do afloramento, à presença de coberturas; e (iv) de tamanho, relacionado à probabilidade de uma estrutura ser interceptada por uma linha ou área de TABELA 1 – Comparativo entre os métodos de levantamento estrutural sistemático

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Summary

INTRODUÇÃO

O conhecimento das redes de fraturas é fundamental para a compreensão da história tectônica, deformabilidade, estabilidade, fluxo de fluidos, transporte de contaminantes, armazenamento e extração de petróleo, e mecanismos de fraturamento dos maciços rochosos. Os dados de fraturas coletados em scanlines estão sujeitos a vieses de orientação, de amostragem e de comprimento da linha de levantamento (Tabela 1). É relevante considerar ainda que, em todas as quatro técnicas de levantamento citadas, são estudados os traços bidimensionais das fraturas, e não diretamente o sistema tridimensional. Mergulho (dip): inclinação de um plano em relação à horizontal, pode ser entendido como o ângulo entre a superfície horizontal e a reta de maior declive da estrutura, variando de 0 a 90o (Figura 1);. A maioria dos autores atribui um sentido geral ao termo “fratura”, como apresentado acima; não obstante, o termo “junta” costumava designar fraturas sem movimento aparente, embora na última década tenha sido empregado para referir-se também a fraturas extensionais (HANCOCK 1985, POLLARD & AYDIN 1988, DUNNE & HANCOCK 1994, ENGELDER 1994, NEVES 2011, FOSSEN 2018, PEACOCK & SANDERSON 2018, PEACOCK et al 2018)

Tipos de redes
Hemisférios de projeção
Projeções planares e polares
EFEITOS DA DIREÇÃO DE OBSERVAÇÃO DE ESTRUTURAS
PRINCÍPIOS E FÓRMULAS PARA A CORREÇÃO DE VIÉS POR PLANILHAS
Dados de fraturas
Cálculo da orientação dos polos das fraturas
Cosseno diretor
Obtenção do ângulo alfa
Atribuição de peso às fraturas e definição da zona cega
Projeção estereográfica das fraturas com peso atribuído
B Dados de fraturas
Cálculo do espaçamento corrigido das famílias de fraturas
EXEMPLOS DE LEVANTAMENTOS REAIS
Exemplo I: linha de levantamento sub-horizontal em afloramento subvertical
G Mergulho
CONSIDERAÇÕES FINAIS
AGRADECIMENTOS
10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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