Abstract

Objetivo: Investigar, através do pressuposto epistemológico-histórico, a formação da Ciência da Informação à luz dos discursos e dos enunciados da Bibliografia em discursos de fundamentação do campo. Método: Trata-se de reflexão teórica, via a abordagem diacrônica da epistemologia histórica e da filosofia da linguagem, tendo como corpus obras seminais de Gabriel Peignot, Paul Otlet, Nicolas Roubakine, Shyiali Ranganathan e Robert Estivals. Resultado: A pesquisa demonstra, a partir dos discursos coletados nas obras de fundamentação do campo, o papel estrutural e estruturante da Bibliografia na construção da Ciência da Informação. Conclusões: A fundamentalidade da Bibliografia é afirmada pelos resultados, demonstrando, para além de seu papel epistemológico central no processo histórico de formação da Ciência da Informação, seus usos como força política e ferramenta de transformação social.

Highlights

  • De todo modo, da demarcação de três ou cinco obras centrais da formação do campo, justamente em razão do argumento diacrônico da epistemologia histórica, não interessado em demarcar pioneiros, mas em reconstruir os caminhos de luta, pela via da linguagem, de um dado campo epistêmico, não anulando pensamentos como Conrad Gesner, investigado por Araujo (2016) e Gabriel Naudé, pesquisado por Crippa (2017) em suas vertentes bibliográficas, igualmente fundacionais para o argumento que aqui se constrói

  • Por um lado, é fato que o termo “bibliografia” não alcança a autonomia epistêmica, sendo “traído” em diferentes contextos, como visto em Saldanha e Couzinet (2018), âmbito que se dá desde Peignot e o uso epistêmico do termo “bibliologia” como ciência “acima” da bibliografia; por outro, é justamente sob um âmbito de identidade conceitual extrema – a concretude simbólico-social dos gestos políticos -, que a Bibliografia se configura

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Summary

Introduction

Trata-se de uma síntese, aqui procurada, do percurso de estudos sobre a construção bibliográfica do campo informacional como fundamento, teoria e método. De todo modo, da demarcação de três ou cinco obras centrais da formação do campo, justamente em razão do argumento diacrônico da epistemologia histórica, não interessado em demarcar pioneiros, mas em reconstruir os caminhos de luta, pela via da linguagem, de um dado campo epistêmico, não anulando pensamentos como Conrad Gesner, investigado por Araujo (2016) e Gabriel Naudé, pesquisado por Crippa (2017) em suas vertentes bibliográficas, igualmente fundacionais para o argumento que aqui se constrói.

Results
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