Abstract

Este artigo tem como objetivo estabelecer as formas de contato entre a etnografia e a tradução, além de propor uma tradução etnográfica de um relato de uma filha de imigrante. Entende-se a etnografia como a observação do outro para estranhar a si mesmo, e esta é usada como um método do traduzir, em que a alteridade e o devir são objetos de estudo do tradutor. Refuta-se a ideia de tradução enquanto passagem, para começar a pensar a tradução enquanto contato de línguas. Usaremos a teoria de François Laplantine sobre o olhar enquanto construído pela lente cultural e sua proposta de se colocar o observador (tradutor) sob a lente do microscópio para poder estranhar-se a si mesmo e sua identidade a fim de tentar alcançar a alteridade diante do contato com a identidade do outro. Ademais, este trabalho se baseia na obra de Henri Meschonnic, buscando entender o traduzir enquanto experiência a partir de uma po-ética, em que se reconhece a inseparabilidade entre linguagem, literatura e historicidade, e a partir da qual não se pode pensar a tradução senão como contato. Por fim, propõe-se colocar em prática essa análise teórica sobre tradução etnográfica ao traduzir um relato sobre imigração escrito por uma filha de uma imigrante nos Estados Unidos, procurando não apagar a alteridade.
 
 Palavras-chave: Tradução Etnográfica, Alteridade, Imigração, Relato.

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