Abstract

Na sua metafísica do belo do terceiro livro de O mundo como vontade e representação, Schopenhauer defende a inutilidade do conceito para a arte, com a exceção da poesia, para a qual a palavra é a matéria-prima. No quarto livro, no entanto, assim como em seu ensaio premiado Sobre a liberdade da vontade, a razão desempenha um papel importante na constituição da moralidade. Por um lado, afirma ele (em meio à descrição mítica do redentor fenômeno da graça, que “vem de fora”, através de uma “mudança no modo de conhecimento”) que a redenção não nos vem através de um pretenso livre-arbítrio, não se dá por um “arbítrio ponderado (obras), mas no conhecimento (fé)”. O filósofo procura manter assim sua vigorosa oposição ao racionalismo ético da deontologia kantiana. Por outro lado, a razão (por sua capacidade de reflexão e recordação), é tomada em certos momentos como um instrumento auxiliar no processo de afirmação consciente da vontade (o caráter adquirido), bem como no próprio fenômeno da negação da vontade. Cabe verificar como se sustentam, nesta ambiguidade do estatuto da racionalidade, importantes conceitos éticos como a liberdade, a imputabilidade moral, a má consciência (remorso) etc.

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