Abstract
Foram examinados 20 eqüinos adultos portadores de abdômen agudo e submetidos à laparotomia. Dez recuperaram-se sem intercorrência pós-operatória (G1) e 10 foram a óbito sete a 10 dias após a cirurgia, com sinais de choque séptico (G2). Avaliaram-se temperatura retal, freqüências cardíaca e respiratória, tempo de preenchimento capilar e teores plasmáticos das proteínas de fase aguda - fibrinogênio, ceruloplasmina, proteína C-reativa, antitripsina, haptoglobina e glicoproteína ácida -, antes e até sete dias após a laparotomia. As leucometrias às 72h e no sétimo dia pós-operatório dos eqüinos que foram a óbito foram, respectivamente, 34,6% e 57,1%, mais altas que a dos animais curados. Os maiores valores de proteína de fase aguda ocorreram no sétimo dia após a cirurgia; os percentuais de elevação de fibrinogênio, antitripsina, glicoproteina ácida, proteína C-reativa, ceruloplasmina e haptoglobina de eqüinos do G2 em relação ao G1 foram 46,8%, 67,9%, 91,9%, 112,2%, 126,9% e 186,2%, respectivamente.
Highlights
A síndrome do abdômen agudo é uma das principais causas de urgência cirúrgica em eqüinos
Ressalta-se a importância do proteinograma sérico em humanos, no diagnóstico e no monitoramento de várias doenças e na identificação de focos infecciosos decorrentes de procedimentos cirúrgicos (Wicher e Dieppe, 1985)
Dentre os exames laboratoriais considerados indicadores de prognóstico para abdômen agudo de eqüinos, destacaram-se as contagens de polimorfonucleares e bastonetes e, dentre as proteínas de fase aguda, os teores plasmáticos de haptoglobina e ceruloplasmina
Summary
Foram examinados 20 eqüinos adultos, de diferentes raças e sexo, os quais constituíram dois grupos experimentais. O grupo 1 foi formado por eqüinos portadores de abdômen agudo, submetidos à laparotomia para correção de torção de cólon maior (três animais), compactação de cólon maior (cinco animais) e encarceramento nefro-esplênico de cólon maior (dois animais), sem intercorrências no pós-operatório. O grupo 2 foi formado por eqüinos portadores de abdômen agudo, submetidos à laparotomia para correção de torção de cólon maior (quatro animais), compactação de cólon maior (quatro animais) e encarceramento nefroesplênico de cólon maior (dois animais), porém que vieram a óbito sete a 10 dias após a cirurgia, com sinais de choque séptico. Para a elaboração das tabelas, foram utilizados os resultados obtidos em apenas cinco momentos – imediatamente antes da laparotomia e 24, 48 e 72 horas e 7 dias após a cirurgia. Quando se constatou significância entre grupos e momentos, aplicou-se o teste Tukey (P
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