Abstract

O presente artigo aborda modos de leitura da visualidade urbana, tendo como ponto de partida as caminhadas pela cidade e as relações perceptivas e afetivas, que constroem o imaginário, ancorado na história e na memória dos lugares. Este tema é um recorte da pesquisa de doutorado da proponente, e trata da produção de sentido no sujeito urbano, a partir de suas interações visuais, sensoriais, sinestésicas com a urbe. Embora o enfoque seja de três pontos da cidade de Curitiba, capital do Paraná, intenta-se provocar no leitor reflexões sobre modos diversos de ler e interagir com o potencial sensível de toda e qualquer cidade, em suas múltiplas possibilidades de leituras. Na região central enfatiza-se a leitura visual de um local tombado pelo Patrimônio Histórico, e na região de bairros, focaliza-se o apagamento da memória pela ruína e destruição dos patrimônios. Halbwachs, Le Goff e Argan orientam questões da memória e da história dos lugares, assim como Freire, Peixoto e Canton dialogam com as relações de afeto e do imaginário urbano.  Essas concepções se sustentam na fenomenologia de Merleau-Ponty e em alguns conceitos da sociossemiótica, especificamente Landowski e Oliveira, os quais fundamentam as interações e relações estésicas na produção de sentido no sujeito da cidade.

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