Abstract

Este texto apresenta uma pesquisa que pretendeu conhecer as relações entre as práticas de leitura propostas por professoras e o impacto na formação dos alunos enquanto leitores. A investigação realizou-se com um grupo de crianças, na faixa etária de 4 a 10 anos, pertencentes a escolas da rede pública e privada, em diferentes municípios brasileiros. Foi desenvolvida por profissionais da educação que fazem parte do grupo de estudos colaborativo GRUPAD - Grupo de Estudos Alfabetização em Diálogo vinculado ao GEPEC – Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Continuada – da Faculdade de Educação da Unicamp, no ano de 2016. A participação e escuta das crianças aconteceu por meio de rodas de conversas, mediadas por professoras-pesquisadoras, em que no mínimo cinco questões, previamente elaboradas, foram propostas para disparar a conversa e troca entre os alunos. Nesse processo de elaboração da pesquisa e análise das narrativas dialogamos, principalmente com autores como: Bakhtin (2003; 2010); Lebrun (2013); Lerner (2002); Passegi (2014); Petit (2013); Prado (2015). Neste artigo elegemos três perguntas-provocação para apresentar as reflexões tecidas e que já indiciam que a presença de situações de leitura realizadas pelo professor é identificada pelas crianças como parte da rotina escolar, entretanto esse movimento ainda tem sido insuficiente para formar alunos leitores e críticos. Apesar da intencionalidade e planejamento dos professores para este momento da rotina, os percursos de leitores, da maioria dos alunos participantes da pesquisa, estão sendo marcados mais por livros lidos do que experiências de leitura literária significativas.

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