Abstract

Esse artigo parte da análise da lírica de Baudelaire proposta por Walter Benjamin, em particular da idéia, oriunda da sociologia de Simmel e retomada por Benjamin, de que as transformações do espaço e da percepção na grande cidade moderna afetam as relações sensoriais entre os homens. Essas transformações dizem respeito tanto ao domínio da aura quanto ao do eros, porque desfazem a ligação entre desejo e presença de um afastamento essencial, tornado mais próximo na experiência erótica. Assim, o olhar compartilhado não é mais privilegiado na lírica erótica de Baudelaire; e mesmo o perfume, que ainda conserva a possibilidade desse impulso em direção ao longínquo, fracassa diante da inexorável destruição do Tempo devorador do Spleen.

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