Abstract

La eminencia del Tratado de París (1763) puso fin a una serie de cambios en la configuración del Atlántico mundial. La Guerra de los Siete Años había anunciado el protagonismo de las nuevas potencias del viejo continente, advirtiendo de la fragilidad de los dibujos de las posesiones europeas en América. Las transformaciones urbanas guiadas por los principios ilustrados eran herramientas usadas por la Corona española, mientras que la élite criolla de Cuba anhelaba más esclavos. El propósito de este artículo es analizar cómo fueron orquestados las reformas borbónicas y el aumento de la esclavitud urbana en La Habana entre los años de 1763 y 1790. [pt] A eminência do Tratado de Paris (1763) coroou uma série de modificações na configuração do Mundo Atlântico. A Guerra dos Sete Anos havia anunciado a proeminência de novas potências do Velho Continente, alertando para a fragilidade do desenho das possessões europeias na América. Transformações urbanas pautadas nos princípios ilustrados foram ferramentas utilizadas pela Coroa espanhola, ao mesmo tempo em que a elite criolla de Cuba ansiava por mais escravos. O objetivo deste artigo é analisar como as reformas bourbônicas e o aumento da escravidão urbana foram orquestradas na cidade de Havana entre 1763 e 1790.

Highlights

  • Em 19 de outubro de 1762, Ricardo Wall2 –­Secretário de Estado e do Despacho da Guerra da Espanha– recebeu um ofício baseado no testemunho de um comerciante espanhol que havia deixado a Grã-Bretanha há poucos dias

  • A reincidência dos assuntos levantados pelas autoridades nos séculos XVII e XVIII demonstra que essas práticas continuaram recorrentes na capital cubana, corroborando a tese de que Havana era uma cidade escravista muito antes da implementação do sistema de plantation escravista em Cuba, e, nesse momento, a despeito dele44

  • As ações do Capitão General no tocante à liberalização temporária do tráfico podem ser compreendidas como o incremento de uma prática amplamente difundida: muitos africanos escravizados que entraram em Havana entre 1763 e 1765 tinham como destino final as atividades citadinas, Conforme bem sublinhado por Pablo Tornero Tinajero, a escravismo de Cuba, indicam diversos documentos que permitem atestar o peso que a escravidão citadina tinha na capital cubana

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Summary

Introduction

Em 19 de outubro de 1762, Ricardo Wall2 –­Secretário de Estado e do Despacho da Guerra da Espanha– recebeu um ofício baseado no testemunho de um comerciante espanhol que havia deixado a Grã-Bretanha há poucos dias. E se o sistema de asiento –­que até então era a única forma legal de introduzir africanos escravizados em Cuba– não dava conta de atender as demandas da elite agrária da ilha, também não seria por essa via que o Conde de Ricla obteria os escravos necessários para a reestruturação das fortificações de Havana.

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