Abstract

Nos anos 1970, conexões entre a contracultura e os movimentos feminista e gay resultaram em tensionamentos dos modelos normativos de feminilidades e masculinidades. Tais mudanças comportamentais reverberaram no figurino de artistas da cultura pop assim como no vestuário do cotidiano. Sendo assim, a partir de algumas imagens de um editorial veiculado em 1973 pela Pop, primeira revista destinada ao público jovem no Brasil, discutimos, sob a ótica de gênero, como o emprego da moda reiterou e regulou, mas também questionou e ampliou, os limites para a construção dos corpos. Para tanto, a discussão, que dialoga com outros periódicos da época, apoia-se, sobretudo, na articulação entre as áreas dos Estudos de Gênero e História da Moda. Nós compreendemos que a moda não é neutra, mas sim uma prática cultural, sendo produzida segundo visões de mundo particulares, podendo reforçar ou contestar desigualdades sociais. Nossa análise indica que a moda em questão, veiculada pela Pop, funcionou, em certa medida, como uma estratégia material de tensionamento do conservadorismo social, refutando padrões tradicionais de gênero e produzindo modelos de feminilidades e masculinidades mais libertários.

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